Dois casos

Data: 11-05-2013 | De: Francisco Mota

Estava na casa da aldeia, sendo o meu quarto ao lado do das minhas filhas. Quando me deitei, e depois de apagar a luz e ficar às escuras, vi dois pontos luminosos fortes, amarelados, na parede que dava para o quarto das minhas filhas, mesmo ao pé de mim e junto da aresta com a parede da cabeceira; um estava ligeiramente mais alto que a minha cabeça e outro mais ou menos a meia altura do tecto. Fixei-os pensando que seriam buracos na parede, mas a parede não tem buracos e a luz delas não era tão intensa nem tão clara sendo apenas fraca e esverdeada. Também não havia qualquer hipótese de ser um reflexo, pois não havia qualquer luz para reflectir nem qualquer espelho para o fazer.
Tentei não pensar no assunto e adormeci.
Na noite seguinte, e após apagar a luz, verifiquei que não existiam quaisquer pontos luminosos; pelas 03,20, quando acordei, e estando completamente às escuras, vi mesmo por cima de mim, fixa no tecto, uma luz redonda, azul, pouco maior do que uma bola de ping-pong e que se ia esbatendo para os lados: não era muito intensa mas, no escuro via-se perfeitamente.
Sem deixar de a fixar, acendi a luz da mesa-de-cabeceira: quando o fiz nada vi no tecto que a pudesse causar.
Fiquei um bocado com a luz acesa e, quando a apaguei, a tal luz azul já não estava no mesmo sítio: agora estava na parede do meu lado direito e quase junto ao tecto.
Novamente acendi a luz e ela desapareceu.
Adormeci com a luz acesa e nada mais vi.
Que pontos luminosos eram aqueles, bem como que luzes azuis eram aquelas?
Em nenhuma das alturas senti medo mas senti que talvez não estivesse só naquele quarto.


Estava na minha casa e tinha dormido no quarto da minha filha; aos pés da cama está um guarda-fato de parede de portas em madeira.
Acordei, já com alguma claridade (muito pouca) no quarto, vi as horas e, quando olhei para os pés da cama, vi um clarão reflectido na porta da esquerda do guarda-fato, um pouco acima do nível do chão: era branco, forte e grande; pensei que era a luz de presença que costuma estar naquela tomada eléctrica, mas essa luz era cor-de-laranja e não branca, além de que não estava lá.
Quando estava a olhar para esse clarão ele desapareceu. Pensei que era uma ilusão de óptica e procurei, com a cabeça, a posição para o ver outra vez. Apenas quando quase me sentei na cama o vi, no mesmo sítio, mas desta vez mais fraco, como se fosse uma lanterna apontada: um foco central com a luz a esbater-se à volta.
Estava a olhar para esse foco, a tentar perceber o que era, quando ele se apagou. Por muito que tentasse, não o voltei a ver.
Não percebi que clarão era esse, nem como desapareceu por duas vezes quando eu estava a olhar para ele.

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